A ideia de Deus ser ilimitado em Sua expansão de energias e atividades pode ser grosseiramente calculada por qualquer entidade viva sã e sóbria. Afirma-se na literatura védica que inumeráveis universos emanam quando Mahā-Viṣṇu exala em Seu yoga-nidrā, e que incalculáveis universos imergem em Seu corpo quando Ele inala novamente. Temos de imaginar que esses universos, que, de acordo com nosso limitado conhecimento, expandem-se ilimitadamente, são tão grandes que os ingredientes grosseiros e sutis – os cinco elementos da manifestação cósmica, a saber, terra, água, fogo, ar e céu, juntamente com a energia material total e o falso ego – não estão apenas dentro do universo, mas cobrem o universo em sete camadas, cada camada dez vezes maior que a anterior. Dessa forma, cada universo é hermeticamente fechado, e existem incontáveis universos. Todos esses universos flutuam nos inumeráveis poros do corpo transcendental de Mahā-Viṣṇu. Afirma-se que, da mesma forma que não se pode calcular exatamente quantos átomos e partículas de poeira flutuam no ar juntamente com os pássaros, assim também inumeráveis universos estão flutuando nos poros do corpo transcendental do Senhor. Por essa razão, os Vedas enunciam que Deus está além do alcance do nosso conhecimento. Avāṅ-mānasa-gocara: a compreensão da extensão e do alcance de Deus está além da nossa especulação mental. Por conseguinte, uma pessoa que seja realmente erudita e sensata não reivindica ser Deus, senão que tenta compreender Deus fazendo a distinção entre espírito e matéria. Por intermédio dessa cuidadosa discriminação, a pessoa pode claramente entender que a Alma Suprema é transcendental, tanto à energia inferior como à energia superior, embora Ele tenha uma relação direta com ambas. No Bhagavad-gītā, o Senhor Kṛṣṇa explica que, apesar de tudo estar repousando em Sua energia, Ele é diferente ou separado da energia.

A natureza e as entidades vivas são às vezes denominadas de prakṛti e puruṣa, respectivamente. Toda a manifestação cósmica é uma amalgamação de prakṛti e puruṣa. A natureza é a causa ingrediente, e as entidades vivas são a causa eficiente. Essas duas causas se combinam e o efeito é esta manifestação cósmica. Quando alguém é bastante afortunado para chegar à conclusão correta sobre esta manifestação cósmica e sobre tudo o que ocorre em seu interior, ele sabe que tudo é causado direta e indiretamente pela própria Suprema Personalidade de Deus. Logo, conclui-se na Brahma-saṁhitā: īśvaraḥ paramaḥ kṛṣṇaḥ sac-cid-ānanda-vigrahaḥ/ anādir ādir govindaḥ sarva-kāraṇa-kāraṇam. Depois de muita deliberação e consideração, quando se obtém a perfeição do conhecimento, chega-se à conclusão de que Kṛṣṇa, ou Deus, é a causa original de todas as causas. Em vez de especular sobre a medida de Deus – se Ele é ou não tão grande ou amplo – ou filosofar falsamente, deve-se chegar à conclusão da Brahma-saṁhitā: “Kṛṣṇa, ou Deus, é sarva-kāraṇa-kāraṇam, a causa de todas as causas”. Eis a perfeição do conhecimento.
Por conseguinte, o veda-stuti, as orações oferecidas pelos Vedas personificados a Garbhodakaśāyī Viṣṇu, foi primeiramente narrado na sucessão discipular por Sanandana aos seus irmãos, os quais nasceram todos de Brahmā nos primórdios do universo. Os quatro Kumāras foram os primeiros filhos nascidos de Brahmā, daí serem conhecidos como pūrva-jāta. Declara-se no Bhagavad-gītā que o sistema paramparā, ou sucessão discipular, começa com o próprio Kṛṣṇa. De modo semelhante, aqui, nas orações dos Vedas personificados, deve-se entender que o sistema paramparā começa com a Personalidade de Deus, Nārāyaṇa Ṛṣi. Devemos nos lembrar de que este veda-stuti é narrado por Kumāra Sanandana, e a narração é repetida por Nārāyaṇa Ṛṣi em Badarīkāśrama. Nārāyaṇa Ṛṣi é a encarnação de Kṛṣṇa para nos mostrar o caminho da autorrealização por meio de severas austeridades. Nesta era, o Senhor Caitanya demonstrou a senda do serviço devocional puro colocando-Se no papel de um devoto puro. Da mesma forma, no passado, o Senhor Nārāyaṇa Ṛṣi foi uma encarnação de Kṛṣṇa que executou severas austeridades nas montanhas dos Himalaias. Śrī Nārada Muni O ouvia. Dessa forma, da declaração dada por Nārāyaṇa Ṛṣi a Nārada Muni, como narrada por Kumāra Sanandana na forma do veda-stuti, compreende-se que Deus é o único supremo e que todos os outros são Seus servos.

No Caitanya-caritāmṛta, declara-se que ekale īśvara kṛṣṇa: “Kṛṣṇa é o único Deus Supremo”. Āra saba bhṛtya: “Todos os outros são Seus servos”. Yāre yaiche nācāya, se taiche kare nṛtya: “O Senhor Supremo, como Ele mesmo deseja, está ocupando todas as entidades vivas em diferentes atividades, em virtude do que elas exibem seus diferentes talentos e tendências”. Portanto, este veda-stuti é a instrução original que diz respeito à relação existente entre a entidade viva e a Suprema Personalidade de Deus. A mais elevada plataforma de realização para a entidade viva é alcançar a vida devocional. Não é possível alguém estar ocupado em vida devocional, ou consciência de Kṛṣṇa, a menos que esteja completamente purificado da contaminação material. Nārāyaṇa Ṛṣi informou a Nārada Muni que a essência de todos os Vedas e da literatura védica (a saber, os quatro Vedas, os Upaniṣads e os Purāṇas) é prestar serviço transcendental amoroso ao Senhor. Nesse contexto, Nārāyaṇa Ṛṣi utilizou uma palavra específica: rasa. No serviço devocional, esse rasa é o meio ou princípio básico para o intercâmbio de relação entre o Senhor e a entidade viva. Rasa é também descrita nos Vedas: raso vai saḥ. “O Senhor Supremo é o reservatório de todo o prazer”. Toda a literatura védica, incluindo os Purāṇas, os Vedas, os Upaniṣads e o Vedānta-sūtra, ensina às entidades vivas como alcançar o estágio de rasa. O Bhāgavatam também afirma que os enunciados do Mahā-purāṇa (Śrīmad-Bhāgavatam) constituem a essência (rasa) de toda a literatura védica. Nigama-kalpa-taror galitaṁ phalam: o Bhāgavatam é a essência do fruto maduro da árvore da literatura védica.
Compreendemos que, a partir da respiração da Suprema Personalidade de Deus, emanaram os quatro Vedas, a saber, Ṛg Veda, Yajur Veda, Sāma Veda e Atharva Veda, e também as histórias, como o Mahābhārata e todos os Purāṇas, que são considerados como a história do mundo. As histórias védicas, como os Purāṇas e o Mahābhārata, são chamados de “o quinto Veda”.
Os vinte e oito versos do veda-stuti devem ser considerados como a essência de todo o conhecimento védico. Os quatro Kumāras e todos os sábios autorizados sabem perfeitamente que o serviço devocional em consciência de Kṛṣṇa é a essência de toda a literatura védica, e eles pregam isso em diferentes planetas, viajando no espaço exterior. Aqui, declara-se que tais sábios, incluindo Nārada Muni, raramente viajam por terra; eles viajam perpetuamente no espaço.
Sábios como Nārada e os Kumāras viajam através do universo para ensinar às almas condicionadas que seu dever no mundo não é a satisfação dos sentidos, mas, sim, recuperar sua posição original de serviço devocional à Suprema Personalidade de Deus. Declara-se em diversos lugares que as entidades vivas são como centelhas do fogo e que a Suprema Personalidade de Deus é como o próprio fogo. Se as centelhas, de uma forma ou de outra, afastam-se do fogo, elas perdem seu brilho natural. Logo, afirma-se que as entidades vivas vêm a este mundo material exatamente como centelhas que se afastam de um grande fogo. A entidade viva deseja imitar Kṛṣṇa e tenta assenhorear-se da natureza material a fim de desfrutar dos sentidos. Por conseguinte, ela se esquece de sua posição original, extinguindo, assim, seu poder de brilho, sua identidade espiritual. Não obstante, se uma entidade viva adota a consciência de Kṛṣṇa, ela recupera sua posição original. Para pregar esse processo de serviço devocional, sábios e santos como Nārada e os Kumāras viajam por todo o universo ensinando as pessoas e aumentando o número de seus discípulos. Seu objetivo é que todas as almas condicionadas possam ser educadas para reviver sua consciência original, ou consciência de Kṛṣṇa, e, então, aliviem-se das condições miseráveis da vida material.

Śrī Nārada Muni é um naiṣṭhika-brahmacārī. Há quatro tipos de brahmacārīs. O primeiro é chamado sāvitra, que se refere ao brahmacārī que, após a iniciação e a cerimônia do cordão sagrado, deve observar pelo menos três dias de celibato. O próximo é chamado prājāpatya, referindo-se ao brahmacārī que observa estritamente o celibato por no mínimo um ano depois da iniciação. O seguinte é denominado brāhma-brahmacārī, que se refere ao brahmacārī que observa o celibato desde a época da iniciação até quando ele completa seus estudos da literatura védica. O próximo estágio é chamado naiṣṭhika, indicando o brahmacārī que é celibatário ao longo de toda a sua vida. Dentre esses, os três primeiros são upakurvāṇa, o que significa que o brahmacārī pode se casar mais tarde, depois do período de brahmacarya ter sido concluído. No entanto, o naiṣṭhika-brahmacārī é completamente relutante em ter qualquer tipo de vida sexual; assim, os Kumāras e Nārada são conhecidos como naiṣṭhika-brahmacārīs. Tais brahmacārīs são chamados de vīravrata porque seu voto de celibato é tão heroico quanto os votos dos kṣatriyas. O sistema de vida brahmacarya é especialmente vantajoso porque ele aumenta o poder da memória e a determinação. Nesse contexto, é especificamente mencionado que, como Nārada era naiṣṭhika-brahmacārī, ele podia se lembrar de tudo o que ouvira de seu mestre espiritual, e jamais esqueceria. Alguém que possa lembrar-se de tudo eternamente é chamado śruta-dhara. Um śruta-dhara brahmacārī é capaz de repetir verbalmente tudo o que tenha ouvido, sem anotações ou referências a livros. O grande sábio Nārada possui essa qualificação e, assim, tendo recebido instruções de Nārāyaṇa Ṛṣi, ele ocupou-se em propagar a filosofia do serviço devocional por todo o mundo. Visto que esses grandes sábios podem se recordar de tudo, eles são compenetrados, autorrealizados e completamente fixos no serviço ao Senhor.
Assim, o grande sábio Nārada, após ouvir de seu mestre espiritual Nārāyaṇa Ṛṣi, realizou-se inteiramente. Ele se estabeleceu na verdade e ficou tão feliz que ofereceu orações a Nārāyaṇa Ṛṣi. Nārada Muni dirigiu-se a Nārāyaṇa Ṛṣi como uma encarnação de Kṛṣṇa e referiu-se a Ele especificamente como o supremo benquerente das almas condicionadas. Declara-se no Bhagavad-gītā que o Senhor Kṛṣṇa vem a cada milênio unicamente para dar proteção aos Seus devotos e aniquilar os não-devotos. Nārāyaṇa Ṛṣi, sendo uma encarnação de Kṛṣṇa, é também chamado de “o benquerente das almas condicionadas”. O Bhagavad-gītā afirma que todos devem saber que não há nenhum benquerente como Kṛṣṇa. Todos devem compreender que o Senhor Kṛṣṇa é o benquerente supremo de todos e devem buscar o refúgio dEle. Dessa forma, pode-se ficar completamente confiante e satisfeito, sabendo que há alguém capaz de dar total proteção. O próprio Kṛṣṇa, Suas encarnações e Suas expansões plenárias são todos benquerentes supremos das almas condicionadas, mas Kṛṣṇa é o benquerente até mesmo dos demônios, pois Ele concedeu salvação a todos os demônios que foram a Vṛndāvana para matá-lO. Portanto, as atividades de Kṛṣṇa são absolutas, pois quer Ele aniquile um demônio, quer Ele dê proteção a um devoto, o resultado de Suas atividades é único. Afirma-se que a demônia Pūtanā foi elevada à mesma posição da mãe de Kṛṣṇa. Quando Kṛṣṇa mata um demônio, o demônio é supremamente beneficiado, tanto quanto um devoto puro é beneficiado por sempre estar protegido pelo Senhor.

Nārada Muni, depois de oferecer respeitos a Nārāyaṇa Ṛṣi, seu mestre espiritual, foi para o āśrama de Vyāsadeva, seu discípulo. Sendo adequadamente recebido por Vyāsadeva em seu āśrama e sentando-se confortavelmente, Nārada Muni narrou toda a história que ouvira de Nārāyaṇa Ṛṣi. Desse modo, Śukadeva Gosvāmī deu a Mahārāja Parikṣit as respostas às perguntas relativas à essência do conhecimento védico e o que se considera o objetivo supremo dos Vedas. A meta última da vida é alcançar as bênçãos transcendentais da Suprema Personalidade de Deus e, assim, ocupar-se no serviço amoroso ao Senhor. Devem-se seguir os passos de Śukadeva Gosvāmī e de todos os outros vaiṣṇavas na sucessão discipular e deve-se prestar respeitosas reverências ao Senhor Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus, Hari. As quatro correntes de sucessão discipular vaiṣṇava, a saber, Madhva-sampradāya, Rāmānuja-sampradāya, Viṣṇu-sampradāya e Nimbārka-sampradāya, em consonância com todas as conclusões védicas, concordam que a pessoa deve se render à Suprema Personalidade de Deus.
A literatura védica divide-se em duas partes: os śrutis e os smṛtis. Os śrutis são os quatro Vedas – Ṛg, Sāma, Atharva e Yajur – e os Upaniṣads, enquanto os smṛtis são os Purāṇas e os Itihāsas, como o Mahābharata, que inclui o Bhagavad-gītā. A conclusão de todos eles é que a pessoa deve conhecer Śrī Kṛṣṇa como a Suprema Personalidade de Deus. Ele é o Parama-puruṣa, ou a Suprema Personalidade de Deus sob cuja superintendência a natureza material funciona. Para a criação, manutenção e aniquilação, o Senhor Supremo encarna sob três formas – o senhor Brahmā, o Senhor Viṣṇu e o senhor Śiva – depois de manifestar o cosmos material. Todos esses se encarregam das três qualidades da natureza material; a direção última, porém, está nas mãos do Senhor Viṣṇu. A totalidade das atividades nos três modos da natureza material é conduzida sob a direção da Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa. Isso é confirmado no Bhagavad-gītā (mayādhyakṣeṇa) e nos Vedas (sa aikṣata).
Por certo, os filósofos ateus sāṅkhyaitas darão seus argumentos de que a manifestação cósmica material se deve a prakṛti e puruṣa – natureza material e entidade viva, ou a causa material e a causa efetiva. Entretanto, Kṛṣṇa é a causa de todas as causas. Prakṛti e puruṣa não são a causa última. Superficialmente, parece que uma criança nasce devido à união do pai e da mãe, mas a causa última tanto do pai quanto da mãe é Kṛṣṇa. Logo, Ele é a causa original, ou a causa de todas as causas, como confirmado na Brahma-saṁhitā.
O Senhor Supremo e as entidades vivas entram na natureza material. O Senhor Supremo, Kṛṣṇa, por intermédio de uma de Suas expansões plenárias, manifesta-Se como Kāraṇodakaśāyī, Mahā-Viṣṇu, a forma gigantesca de Viṣṇu que permanece deitado no Oceano Causal. Em seguida, dessa forma gigantesca de Mahā-Viṣṇu, Garbhodakaśāyī Viṣṇu Se expande e entra em cada universo. A partir dEle, Brahmā, Viṣṇu e Śiva se expandem. Viṣṇu, como Kṣīrodakaśāyī, entra nos corações de todas as entidades vivas, bem como no interior de todos os elementos materiais, incluindo o átomo. A Brahma-saṁhitā afirma, aṇḍāntara-stha-paramāṇu-cayāntara-stham: “O Senhor está dentro deste universo e também dentro de cada átomo”.

A entidade viva tem um pequeno corpo material desenvolvido em várias espécies e formas, e, da mesma maneira, o universo inteiro é nada mais do que o corpo material da Suprema Personalidade de Deus. Este corpo é descrito nos śāstras como virāt-rūpa. Assim como a entidade viva individual mantém seu corpo particular, a Suprema Personalidade de Deus mantém toda a manifestação cósmica entrando nela. Assim que a entidade viva individual abandona o corpo material, este corpo é imediatamente aniquilado, e, da mesma forma, logo que o Senhor Viṣṇu deixa a manifestação cósmica, tudo é aniquilado. Por conseguinte, a libertação da existência material da entidade viva individual somente é possível quando ela se rende à Suprema Personalidade de Deus. Isso é confirmado no Bhagavad-gītā: mām eva ye prapadyante māyām etāṁ taranti te. Portanto, a rendição à Suprema Personalidade de Deus, e nada mais, é a causa da libertação. Como a entidade viva se liberta dos modos da natureza material após se render à Suprema Personalidade de Deus é ilustrado pelo exemplo de um homem dormindo em um quarto. Quando um homem está dormindo, todos veem que ele está presente no quarto, mas, na verdade, o homem não está dentro do corpo, pois, enquanto dorme, ele se esquece da existência corporal, embora as outras pessoas possam ver que seu corpo está presente. De modo similar, uma pessoa liberta ocupada em serviço devocional ao Senhor pode ser observada pelos outros em suas atividades domésticas do mundo material, mas, visto que sua consciência está fixa em Kṛṣṇa, ela não vive neste mundo. Suas atividades são diferentes, exatamente como as atividades de um homem que dorme são diferentes de suas atividades em vigília. Confirma-se no Bhagavad-gītā que um devoto ocupado em tempo integral no serviço transcendental amoroso ao Senhor já superou a influência dos três modos da natureza material. Ele já se encontra na plataforma Brahman e está no reino transcendental, embora pareça estar vivendo no corpo ou no mundo material.
Nesse contexto, Śrīla Rūpa Gosvāmī afirma em seu Bhakti-rasāmṛta-sindhu que a pessoa cujo único desejo é servir a Suprema Personalidade de Deus pode estar em qualquer condição neste mundo material, mas deve-se compreender que ela é jīvan-mukta, isto é, ela deve ser considerada liberta, embora esteja vivendo no corpo ou mundo material. Portanto, a conclusão é que uma pessoa plenamente ocupada em consciência de Kṛṣṇa é uma pessoa liberta. Tal pessoa, de fato, nada tem a ver com seu corpo material ou com o mundo material. Aqueles que não se encontram em consciência de Kṛṣṇa são chamados de karmīs e jñānīs e vagueiam na plataforma material ou mental; logo, não são libertos. Essa situação é denominada kaivalya-nirasta-yoni. Contudo, uma pessoa na plataforma transcendental está livre de repetidos nascimentos e mortes. Isso é confirmado no capítulo quatro do Bhagavad-gītā: “Simplesmente por conhecer a natureza transcendental da Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, a pessoa se livra da cadeia de repetidos nascimentos e mortes e, depois de deixar o corpo atual, volta ao lar, volta ao Supremo”. Essa é a conclusão de todos os Vedas. Assim, depois de compreender as orações oferecidas pelos Vedas personificados, a pessoa deve render-se aos pés de lótus do Senhor Kṛṣṇa.
Neste ponto, encerram-se os significados Bhaktivedanta do capítulo oitenta e sete de Kṛṣṇa, intitulado “Orações Oferecidas pelos Vedas Personificados”.
Guia de estudos :
1 – Por que os Vedas Personificados dizem que Deus está além do alcance do nosso conhecimento?
2 – Fale sobre os elementos materiais que compõe o universo.
Como é a disposição dos Universos Materiais?
De onde emanam e como se expandem?
3 – Explique os significados das palavras “Prakrti” e “Purusha”.
4 – Quem é a causa original de todas as causas?
Dê exemplos das escrituras para corroborar sua resposta.
Você acredita que seja assim?
5 – Quem são os quatro Kumaras?
O que você entende por “Parampara”?
6 – Quais são as escrituras que revelam o significado da palavra “Rasa”?
O que você entende sobre a ideia de intercâmbio amoroso com o Senhor Supremo?
7 – Quais são e de onde emanam os quatro Vedas?
Qual é o quinto Veda?
Qual é a essência de todo o conhecimento Védico?
8 – Quais são os quatro tipos de Brahmacaris?
O que significa ser um naisthika brahmacari?
9 – Fale sobre a relação entre Narada Muni e Narayana Rsi.
Qual é a relação de Narada Muni e Sukadeva Gosvami?
10 – Quais são as quatro correntes de sucessão discipular?
Pesquise este assunto em outras fontes também.
11 – A Literatura Védica divide-se em Sruti e Smrti.
Fale sobre cada uma delas.
Qual é a conclusão estabelecida pela Literatura Védica?
12 – O que Srila Prabhupada quer ensinar com o exemplo de um homem dormindo dentro de um quarto?
13 – Leia a conclusão apresentada no último parágrafo do capítulo.
Elabore sua própria conclusão.
14 – Imagine estar na presença do Senhor krsna. Elabore suas próprias orações e fale para Ele.
Como você se sente fazendo isso?
Material complementar para estudos:
Abaixo link para estudar sobre prakṛti e puruṣa
https://vedabase.io/pt-br/search/?query=prak%E1%B9%9Bti%C2%A0e%C2%A0puru%E1%B9%A3a